Safári no Deserto, passeio de lancha em auto mar, o bairro do momento JBR e o Burj Al Arab. Tem muito mais coisa boa para contar aqui nesta segunda e última parte sobre Dubai!
Como eu disse no post anterior – para quem acha que Dubai é uma cidade que não tem nada para fazer, apenas um lugar de passagem (hub) para outros lugares como Japão, Maldivas, etc … se engana. É um destino com muitos locais para conhecer, exemplo disso é que resolvi dividir a viagem em dois posts, em virtude da quantidade de coisa boa para dizer sobre lá. Nesse post vou contar sobre o Safári no Deserto, um passeio de lancha em auto mar para ver Dubai de uma maneira diferente, o bairro do momento JBR e sem deixar de fora um dos cartões postais mais famosos de Dubai, o Burj Al Arab.
- SAFÁRI/PASSEIO NO DESERTO
O Concierge do nosso hotel nos indicou a empresa Platinum Heritage – considerada a melhor que tem para essa aventura – há várias opções de passeios, mas escolhemos o Safari no Deserto “Heritage”, em nossa opinião o que valia mais a pena. O passeio pelo deserto é todo feito num Land Rover vintage, de 1957 – um charme – com um jantar ao final, semelhante a um acampamento beduíno, no site (com opção em português) você pode ver todos os tipos de passeios, inclusive com a opção de passar uma noite ao estilo do povo do deserto (too much for us). Não é barato 😯 na época pagamos AED 595 por pessoa, com tudo incluso, inclusive o jantar (aproximadamente R$ 570,00 por pessoa … bem caro mesmo, mas valeu cada dirham gasto)! 😀
O motorista/guia passou no hotel para nos pegar às 15h numa Ford Explorer, grande de 7 lugares, que nos levou até o lugar onde era o início do safári no deserto. No carro conosco foram mais dois casais, o motorista é sempre o mesmo, desde o hotel até a volta, incluindo o passeio pelo deserto. O tempo desde Downtvown até o ponto de encontro para iniciar o Safári foi de uns 40min de viagem.
O safári é todo feito dentro da reserva ecológica Dubai Desert Conservation Reserve. Que tem 225km2, protegido com 98km de cerca. A entrada é controlada e o número de visitantes é limitado. A administração da reserva cuida para que o ambiente natural esteja sempre limpo e preservado ao máximo, tudo super bem conservado.
Logo na chegada há um ponto de encontro onde estão todas as Land Rover vintage de 1957, bem como outras opções de veículos, como as Land Rover modernas, mas, para nós, perde todo o sentido e o charme do passeio.
Aqui eles dão mais orientações, amarram um lenço na cabeça, como os beduínos fazem. O lenço das mulheres é liso, cada uma pode escolher a cor que quiser, mas o dos homens, o keffiyeh, é aquele vermelho e branco, geralmente chamado de lenço palestino. Além disso, dão uma bolsa super legal com dois cantis para encher de água. #dicadafe – siga o que eles recomendam, não é conversa para colocar medinho nos turistas, o calor é insuportável e muito seco, essa água será valiosa.
Depois de tudo arrumado subimos as 6 pessoas mais o Nasser no Jeep e começamos o safári/passeio pelo deserto.
Em todo o trajeto tem um Drone em alguns pontos específicos que fica tirando foto e filmando o passeio para depois vender. Há, ainda, em outros pontos um fotógrafo – fizemos algumas paradas programadas, de 20/30 min. cada, para descer do carro e tirar fotos – são nessas paradas que o fotógrafo tira as fotos para mostrar ao final do passeio.
As fotos abaixo são da 1ª parada e ficamos uns 20 min. tirando fotos, apreciando a vista. Lindo mesmo…
Óbvio que depois de algum tempo o lenço caiu da minha cabeça 🙄 e eu pedi para o Nasser colocar de novo – o lenço ajuda a não embaraçar o cabelo com o vento e protege do sol também!
A paisagem durante todo o passeio é MARAVILHOSA! Inesquecível!
Algumas vezes o Nasser dava micro paradas quando via algum bicho nativo do deserto, como o antílope branco conhecido como órix árabe – para distinguir: o macho tem o chifre reto e a fêmea tem o chifre curvo, também tem gazelas e outros animais que fazem parte da reserva. Nessas paradas nem descemos do Jeep.
Uma das maiores paradas é aquela na qual está previsto o show dos falcões, que acontece durante o pôr-do-sol. Na chegada eles dão uma bebida, não alcoólica, de maçã com tâmaras – parece uma sidra sem álcool, muito saborosa e refrescante. Depois de tomar o refresco você se dirige para um local com tapetes e almofadas para as pessoas curtirem o show. O criador/treinador explica o que é o falcão, o motivo pelo qual ele caça, quando ele é veloz e a importância do animal para o povo.
#curiosidade: dizem que o falcão é muito rápido, mas não é o mais rápido voando – ele é o mais rápido caçando. Quando quer caçar, o falcão fica voando em círculos, ganha altitude até achar a presa e espera até ter certeza do momento do ataque, então dá o “mergulho”, nesse momento ele é muito rápido e geralmente não caça só para ele, mas também para a ninhada. O falcão come 15% do seu peso, por refeição, e outra curiosidade é a venda/capuz de couro colocada no animal para mantê-lo calmo, tirando a visão lateral. Isso é para o bem dele, deixando-o relaxado.
E esse pôr-do-sol … 😀 !!!
Depois de toda a explicação tem o show propriamente dito. Após, há um tempo para as pessoas segurarem o falcão, colocando a mão na luva de couro do instrutor e ele coloca o falcão na sua mão – o Antonio foi – achou super tranquilo – só tem que esconder o dedão.
Durante todo o dia o Sol estava forte, um calor suportável por ser inverno, mas quando o Sol se pôs começou a esfriar muito – não se esqueça de levar um agasalho – não é conselho de mãe que sempre fala para levar um agasalho, mas é uma necessidade inquestionável – levei uma malha de lã e mesmo assim passei frio. Veja que durante o show dos falcões todos já estavam agasalhados.
Terminado o show voltamos para o jeep e seguimos em direção ao local do jantar – a réplica de um acampamento de beduínos.
Logo na entrada, a primeira coisa é eles servirem água de rosas para lavar as mãos. Isso porque antigamente o povo viajava de camelo – que tem um cheiro muito forte – e a água de rosas era para tirar esse odor pestilento das mãos. Após as boas vindas eles servem o tradicional café árabe – chamado de gahwa – como não existe açúcar no meio do deserto o adoçante natural é a tâmara, então eles explicam que deve morder um pedaço da tâmara e tomar o café. Curiosidade sobre a quantidade de café na xícara: quando o café é colocado para baixo da metade significa que você é bem vindo, mas quando enchem a xícara quer dizer que é para ir embora … naquele dia não vai rolar uma visitinha (rsrsrsrs) … então #ficaadica!
obs.: óbvio que eu me esqueci de tirar a foto … 🙄 … fico tão entretida com a história, com o momento que nem me lembro de pegar celular ou máquina fotográfica.
Depois desse café de boas vindas, o Nasser – “nosso” guia/motorista – explica como tudo funciona.
Tem a mulher que faz tatuagem de henna, um espaço no meio do acampamento cheio de almofadas para quem quiser fumar a xixa/narguilé.
Na apresentação ele também mostra o que vamos ter para o jantar: tinha uma panela enorme de ferro onde estavam dois tipos de arroz, sopa de lentilha, sucos, leite de camelo (pois é…), e ao lado uma mulher com burca fazendo o pão árabe no saj – maaaaaara!
Como disse, ainda há a opção para quem fechou o passeio para dormir, com uns 6 quartos super bem decorados. tudo típico, sem luxo, mas lindo.
O lugar é super arrumado, em especial por ser um acampamento no meio do deserto, com banheiros bem limpos e arrumadinhos.
No fundo, quase que saindo do acampamento, tem um lugar onde estão os camelos para quem quiser dar uma volta … #DICA: assim que chegar, se quiser dar uma volta de camelo, já vai e pede para andar, porque depois lota, fica muito escuro e não dá para ver nada – é só uma voltinha, rapidinha, mas que mata a vontade e a curiosidade de como é andar em um camelo – Antonio andou e achou bem legal … eu não tive vontade! O cheirinho do bichinho é bem forte mesmo! (rsrsrsrs).
Toda a refeição é feita em tendas e mesas iguais as que os beduínos usavam e cada mesa é de um grupo de um guia – ele é o responsável por aquela mesa, inclusive para acompanhar as pessoas para se servirem.
A comida é de 1ª qualidade – deliciosa! Tem comida para todos os gostos. Tem carne de camelo? Siiiimmm, mas há outras opções muito boas (deu para perceber que sequer experimentei a carne de camelo, né?). Para começar teve sopa de lentilha com pão folha, bem fininho, para quebrar e colocar na sopa, depois veio quibe frito, fatuche, homus, pão árabe, outra salada com tomate, rúcula e cebola e um pastelzinho com queijo dentro – isso eles servem direto nas mesas.
Depois das entradas, o Nasser chamou a turma dele para falar sobre o cardápio – cordeiro, camelo, frango, arroz com cordeiro e arroz com vegetais – pode repetir o tanto que quiser, nessa hora você vai e se serve.
Durante e depois do jantar houve um show típico, com dança e musica árabe – bem legal.
Reparem que aqui eu estava com dois lenços, um bege, que peguei no início do passeio, e outro que pedi para o Nasser depois porque estava com muito frio – juntei os dois e fiz de cachecol.
Por fim, a sobremesa que parecia um bolinho de chuva caramelizado por fora – muito bom – e frutas – uva, abacaxi, melancia. Feito isso, o guia mostra, num iPad, a filmagem e as fotos que foram tiradas ao longo do passeio. Se você quiser comprar – o pacote todo custa 400AED, 10 fotos 100AED e 100 fotos + o vídeo 300AED (foi a que compramos). Nessa hora já está muito frio e é hora de ir embora para o hotel – chegamos por volta das 22h30/23h – tínhamos saído às 15h – um passeio de dia inteiro que VALE MUITO A PENA, MARAVILHOSO! Chegamos trabalhados na areia do deserto, tinha tanta areia dentro do tênis que cheguei em São Paulo e ainda encontrei areia 😆 … repetiria com toda certeza!
site: https://www.platinum-heritage.com/pt-pt/
- JBR = Jumeirah Beach Residence
Fica na região de Dubai Marina, um complexo de prédios residenciais e hotéis lindos.
A praia é bem grande, super limpa e com uma estrutura inacreditável.
Os banheiros parecem aqueles que vemos em shopping, a pista de corrida tem amortecimento.
Ao longo da praia há toda uma estrutura de lojas, restaurantes, quiosques que vendem sorvete, souvenirs – impressionante o estilo das lojas e a organização do lugar. Sem sujeira, sem ambulante, super seguro, enfim….dá até depressão se comparamos com a insegurança desenfreada que vivemos em nosso país.
Falam que hoje a rua principal de lá, paralela/atrás da praia, conhecida como The Walk é um dos lugares mais movimentados de Dubai. Tem muitas lojas de marcas famosas, bons restaurantes, cafés charmosos e frequentado tanto por locais quanto por turistas – quando fomos havia muito turista inglês que fugiu do frio e foi pegar o calor suportável no inverno de Dubai.
- PASSEIO DE LANCHA DUBAI MARINA
Pensa num passeio radical … pensou? É esse!
Nós adoramos, mas quem tem problema com barco, medo de mar, melhor não ir.
Há várias empresas que fazem esse tipo de passeio. Nós fizemos com a XCLUSIVE YACHTS. A empresa não faz o passeio só nessa lancha, tem outros opções disponíveis, com duração, trajeto, estilo de navegação, horário, conforto e preço diferentes, mas todos partem da Marina de Dubai.
O passeio é feito numa lancha, dura 90min e passa ao redor dos destaques da costa de Dubai.
Nós fomos na parte da manhã – às 9h, achamos melhor por conta do calor na parte da tarde, e foi uma escolha excelente, mas tem gente que prefere fazer no fim do dia para ver o pôr do Sol no mar, vai do gosto de cada um. Quando o barco sai da marina a vista para os prédios é linda, e por conta de estar nessa área a lancha vai bem devagar. Podem até pensar … nossa se for nesse ritmo acaba só amanhã esse passeio #fernandaexagerada! – mas quando entra em auto mar … kkkkk … é tão rápido, corre tanto que não conseguimos desgrudar a mão do banco da frente! 😯 😀
Ver os principais pontos turísticos – Dubai Marina, Burj Al Arab, Palm Jumeirah e Atlantis The Palm e até o Burj Khalifa (que está bem longe) por outro ângulo, a partir do mar, incrível! A lancha vai em alta velocidade, mar adentro e diminui a velocidade e, por vezes para um pouco, em frente aos principais pontos para tirar foto e apreciar a vista.
- Dubai Marina …
- Atlantis The Palm …
- Palm Jumeirah …
- Burj Al Arab … já adianto que abaixo vocês verão um book dele ( 😆 ) … frente, todos os lados, só não tem debaixo porque não mergulhamos … kkkkkk.
- Burj Khalifa …
Nós gostamos bastante, mas não é todo mundo que vai gostar. Para quem não quer ser tão radical há outras opções e passeios como barcos restaurante, Iate e barcos ainda menores.
Outra coisa, como tudo em Dubai, não é um passeio barato – o nosso passeio, dos mais simples, foi 180 AED por pessoa = aproximadamente R$ 172,00 por pessoa. Valeu muito a pena e se você gosta de uma coisa diferente indico muito esse.
site: https://xclusivetours.com/
- BURJ AL ARAB
Como ir para Dubai e conhecer um dos principais cartões postais da cidade? Para fazer isso só há duas maneiras:
1. se hospedando lá.
2. tendo uma reserva num dos sete restaurantes e bares.
Caso não tenha nenhuma dessas duas opções, então não adianta nem tentar, pois não entra mesmo. O Hotel fica num lugar como se fosse uma ilha particular, com cancela e segurança e só entra mostrando sua reserva no hotel ou nos restaurantes e bares. Fomos de táxi e pediram nossa reserva na portaria/cancela, apenas liberando a entrada do carro após confirmação do restaurante, somente aí o táxi pôde nos deixar lá dentro, na porta do hotel.
Nossa opção para conhecer foi reservar um almoço desde o Brasil no restaurante Al Muntaha que fica no topo do hotel, no 27º andar.
#dica: caso tenha interesse de visitar o Burj Al Arab e não for se hospedar lá, marque um almoço ou até mesmo um drink, brunch, mas durante o dia … a vista do Golfo Pérsico, da orla, da Palm Island e da praia de Jumeirah é ESPETACULAR e com certeza a noite não será a mesma coisa.
O hotel é de uma beleza, somada a uma ostentação inacreditável. Assim que descemos do taxi já vem uma pessoa para te receber, olha novamente a sua reserva e já te indica por onde você deve ir. Pode tirar foto – o que fizemos muito (rsrsrsrs).
A subida até o 27º é em um elevador panorâmico – espetacular! Subindo tem a vista para as piscinas, são 3 e a última é a maior, com borda infinita. E essa abaixo é a singela porta do elevador! 😯 😀
O restaurante é sensacional! Aqui sim vale não apenas a vista, mas também a comida.
Comida excelente. Caro? Sim … muito! Mas, inesquecível e valeu cada Dihran gasto. Tomamos um vinho branco, comemos o menu de 3 pratos do chef, água e café. Olha o charme da manteiga e do porta adoçante/açúcar no formato do Burj Al Arab. #fofocadafe: na mesa ao nosso lado um casal de atores da Globo estava almoçando, juntamente com duas filhas, renovando os votos, estavam voltando das Maldivas e pararam em Dubai na volta para o Brasil.
E a vista é uma atração à parte … por isso indico ir, para quem puder, na parte da manhã (almoço) ou enquanto estiver Sol – preparem para uma enxurrada de fotos … vou confessar que foi difícil escolher qual das “trocentas” eu ia colocar aqui! 😯
end.: 27th floor Burj Al Arab – Jumeirah
horários:
. almoço – das 12h30 às 15h.
. jantar – das 19h às 24h.
. brunch sexta feira – das 10h às 16h.
tel.: +971 4 301 7600
site: www.jumeirah.com/almuntaha
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Dubai é um destino muito popular e raro de se encontrar igual pelo mundo, uma cidade que oferece tanta peculiaridade. Com toda certeza Dubai não chegou ao topo ainda, a cidade ainda vai crescer muito como já disse no post anterior e nesse. Quero muito voltar e sei que quando voltar encontrarei outra cidade.
O que mais gosto de vivenciar quando viajo é o diferente, sair do comum, da minha zona de conforto, procurar e achar o que eu não tenho “em casa”. Assim, sempre tento encaixar um destino desses nos meus roteiros e Dubai foi mais um desses, como tantos outros que visitamos. Essa estranha atração que temos pelo diferente é só uma questão de adaptar nossa visão para coisas novas – e seguir descobrindo, coisa que AMO e espero poder seguir nessas aventuras.
Quando viajo sempre fico pensando na sorte que eu tenho de ter tido a oportunidade de estar ali, naquele lugar. Observo, sinto, agradeço e registro esses momentos que vão ficar para sempre na memória e tudo isso acaba mudando um pouco a maneira de pensar, de encarar as coisas. Conhecer novas culturas, novas pessoas me permite fazer parte um pouco desse mundo que ainda tenho muito a descobrir. Dubai foi outro lugar que me fez pensar em tudo isso e sou muito agradecida por ter tido a oportunidade de conhecê-la! Maktub!
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Obs: não se esqueçam de que aqui no Blog tem o nosso setor de consultoria, onde desenvolvemos, customizamos os roteiros de acordo com seu perfil, já com as indicações completas (coisas não inseridas no post, ou seja, exclusivas, opções de hotéis ou apartamentos, passeios, compras, restaurantes etc.). Não deixem de conferir, pois vale a pena para quem gosta mesmo de viajar! A relação custo x benefício é maaaara, garanto para vocês. Viva o seu sonho e desfrute de uma experiência singular!